Tuesday, April 24, 2007

procuro


procuro quem
não consigo encontrar
procuro alguém
para conversar
sobre o mundo,
sobre a dor,
sobre o infortúnio,
sobre o amor

por ti... vou procurar
em mim... o despertar
do dia que tarda em amanhecer
...e reparar
no sol que quem ti está p'ra nascer
e nele me perder

encontro em ti
o brilho do teu olhar
encontro em mim
a vontade de te levar
para um mundo
sobre o azul do céu
tão profundo
como um beijo teu

Monday, April 23, 2007

em sintonia perfeita...


escuto a vida
como uma harmonia,
que por o ser,
mostra a sintonia
sem muitas vezes a ter
qual peça de uma sinfonia!

minh'alma vivida,
por vezes sofrida,
em teu leito se deita
ouvindo a sinfonia da vida
tocada em sintonia perfeita

se de poeta
algo eu tenho
de musico terei também,
porem a vida eu desenho
...pintor? ...pergunta alguém!
não! não sou! digo com desdenho!

sou o profeta
(a quem chamam poeta)
da palavra do amor,
da sintonia perfeita
...que busco com fulgor!

Sunday, April 22, 2007

paisagem de mim



Sento-me, na bruma de uma noite fria de Inverno e contemplo a escuridão... o breu, meu amigo, que ilumina a minha mente e a inunda de uma infinita serenidade, abrindo uma janela com vista pra dentro de mim...
A cada olhar, iluminado pelo conforto intimista da noite que irrompe por essa janela, vejo paisagens minhas... de mim! Do que fui... do que sou... do que quero ser! Tempestades tumultuosas se levantam por vezes! Fecho a janela num estrondo súbito e forte... ou então, é-me possível vislumbrar desde as mais antigas lembranças até ao mais longínquo desejo num só horizonte... onde o maravilhoso crepúsculo se me apresenta como a distinta luz da paixão, efémera como o próprio crepúsculo, e me deixa prostrado na minha janela, à espera da bruma de uma noite fria de Inverno... para nela eu aquecer a alma.

Friday, April 20, 2007

amor... desamor

quis a vida que eu, sem querer, te não quisesse
ou que, mesmo querendo, te não tivesse
e que, mesmo te tendo, não pudesse
tão somente te ter...

quis eu que, por te não ter tido, apenas deixasse
que o tempo passasse e te não falasse
do que este dia me lembra... ou não te amasse
mesmo sem querer...

estão abertas as adVERSIdades














...porque escrever se impõe,
...porque versejar apetece,
...porque ler se aventura
...porque ser visto merece,

...e a poesia não só de versos se compõe,
pois paisagens há onde ela aparece...
sem versos, sem rimas... só beleza pura
qual crepúsculo onde o sol anoitece.

por tudo isto... estes são os primeiros Versos Adversos!